Escola
A nossa Escola
A criação oficial da escola ocorreu com a promulgação da Portaria n.º 790/86, que a designou como “Escola Secundária de Almeirim”. Inicialmente, a escola era composta pelos blocos A, B, C e D.
Na época, a população escolar totalizava 851 alunos, e apenas alguns níveis de ensino estavam a funcionar. No 3º Ciclo do Ensino Básico, os principais anos eram o 8º e o 9º, enquanto no ensino secundário, apenas o 10º ano estava a funcionar.
Além disso, a escola também oferecia cursos noturnos, como o Curso Geral Liceal Noturno e o Curso Complementar Liceal Noturno.
No ano seguinte à sua criação oficial, foram construídos os blocos restantes, especialmente destinados ao ensino secundário. O bloco D foi desenvolvido principalmente para a área de Ciências Naturais, enquanto o bloco E foi projetado para abrigar as disciplinas de Ciências Físico-Químicas.
Nesse mesmo ano, o Ministério da Educação, em conjunto com a Câmara, aprovou a construção do Pavilhão Gimnodesportivo, que serviria tanto a comunidade escolar quanto a população do município, proporcionando instalações adequadas para atividades desportivas.
Uma outra data importante na história da escola foi o ano de 1991, quando a designação foi alterada para “Escola Secundária da Marquesa de Alorna”, em homenagem a uma das personalidades mais proeminentes nas áreas da literatura e das artes em Portugal, no final do século XVIII e início do século XIX.
Atualmente a escola já tem um projeto para a sua reestruturação.
Presidentes/ Diretores
1986/ 1987: Prof.ª Fernanda Neto
1987/ 1989: Prof.ª Luísa Sarmento
1989/ 1990: Prof.ª Anabela Almeida
1991/ 1993: Prof. António Pina
1993/ 2005: Prof.ª Zulmira Martins
2005/ 2012: Prof.ª Anabela Almeida
2012/ ao presente: Prof. José Carreira
Patrona
A Marquesa de Alorna, cujo nome completo era Leonor de Almeida Portugal de Lorena e Lencastre, foi uma notável poetisa e nobre portuguesa. Nasceu a 31 de outubro de 1750, em Lisboa, Portugal, e faleceu em 11 de outubro de 1839, na mesma cidade.
Leonor de Almeida era filha de Francisco de Almeida Portugal, 15º Conde de Assumar, e de Leonor de Lorena e Távora. A sua linhagem nobre deu-lhe acesso a uma educação e criação privilegiada. Desde tenra idade que mostrou grande aptidão intelectual, especialmente nas artes literárias.
Em 1767, aos 17 anos, Leonor casou-se com o 2º Marquês de Alorna, Dom José de Almeida Portugal, que era militar e diplomata. O casal teve sete filhos juntos.
Leonor de Almeida, agora Marquesa de Alorna, tornou-se conhecida pelo seu talento poético e pela sua inserção nos meios literários. Manteve correspondência com proeminentes escritores e intelectuais portugueses do seu tempo, incluindo Almeida Garrett, Manuel Maria Barbosa du Bocage e João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett. A sua poesia refletia o estilo neoclássico predominante durante o período do Iluminismo.
Apesar das suas atividades literárias ativas, a Marquesa de Alorna enfrentou desafios pessoais e políticos. A sua família foi apanhada no caso Távora, uma conspiração contra o rei português José I em 1758. A conspiração levou à execução de vários membros da sua família alargada, incluindo o seu pai, e causou dificuldades significativas a Leonor e à sua mãe.
Durante a invasão francesa a Portugal em 1807, a Marquesa de Alorna, junto com os seus filhos, refugiou-se no Brasil, então colónia portuguesa. Regressou a Lisboa em 1811, após a expulsão dos franceses de Portugal.
Leonor de Almeida, Marquesa de Alorna, continuou a escrever poesia ao longo da vida. O seu trabalho abrangeu uma ampla gama de temas, incluindo amor, natureza e condição humana. É considerada uma das mais importantes escritoras do Iluminismo português.
A poesia da Marquesa de Alorna foi publicada postumamente, tendo as suas obras completas sido reunidas e editadas pelo seu filho, D. Pedro de Almeida Portugal, 4.º Marquês de Alorna, e publicadas em 1844 sob o título “Poesias Inéditas da Marquesa de Alorna”. As suas contribuições para a literatura portuguesa valeram-lhe um lugar significativo na história cultural do país.